“(...) Assisti a um filme muito interessante “ A
Língua das Mariposas” de José Luiz Cuerda, que recomendo a todos os educadores,
que conta a história de um menino que conduzido pelo seu professor, convicto de
que a liberdade é o maior bem que um ser humano pode ter, descobre o mundo do
conhecimento em todas as áreas da vida de um maneira, sensível, humana e real. (...)"
Logo no início do filme há uma cena que provavelmente
conhecemos ou ouvimos falar Moncho perde o sono ao imaginar como será a sua
escola, já que irá para a escola pela primeira vez. No meio de muita
expectativa, ansiedade e medo, Moncho busca referências em seu irmão mais
velho, que pouco o ajuda.
No dia seguinte é conduzido por sua mãe que o apresenta ao
professor, ela demonstra muita preocupação e pede que o professor auxilie o seu
“ passarinho”, sem perceber que está expondo a fragilidade do menino
publicamente. As crianças com muita crueldade e incapazes de lidar com este
estranho, zombam do menino, que também é asmático e precisa usar uma
“bombinha”. Moncho, sentindo-se muito acuado e rejeitado, perde o controle
sobre suas emoções e acaba por fazer xixi na calça. Daí para frente só mesmo
assistindo ao filme.
Esta situação muito me chamou a atenção, porque acho que as
crianças vivenciam a entrada na escola muitas vezes assim, com toda esta
intensidade e é nosso papel enquanto educadores atenuar ao máximo os efeitos
que a separação casa/escola gera em crianças pequenas.
“Há
muito tempo atrás nas creches e pré-escolas e até mesmo nas escolas de ensino
fundamental, parecia não haver outro jeito: ou as crianças se adaptavam ou se
adaptavam. A mãe “precisava” trabalhar e a criança “precisava” ficar na creche.
Os primeiros dias em uma instituição educacional eram visto como um mal
necessário pelo qual toda criança deveria passar. A idéia que mais cedo ou mais
tarde a criança acabaria se acostumando, o que de fato acabava acontecendo,
fazia parte do senso comum. Sofrimento, insegurança, desamparo e outras
possíveis decorrências deste processo eram desconhecias e por vezes ignorados.
In Adaptação e Acolhimento: Um cuidado inerente ao projeto educativo da
instituição e um indicador de qualidade do serviço prestado pela
instituição
Cisele Ortiz é
psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá (www.avisala.org.br)
Pensando nisso,
a professora Shirley trouxe o Miguel,
que era mascote da sala da Professora Liliane,no ano anterior, Miguel já era um
velho conhecido de algumas
crianças, e foi um grande mediador nesse processo inicial de
acolhimento.
Miguel e os alunos antigos levaram os alunos que
estavam chegando para conhecer a escola.
Bem, isso foi só
o inicio, aguardem nossos próximos
passos rumo a construção de nosso espaço infantil, que busca respeitar a
criança......
Abraços
Fraternos de todos nós!