segunda-feira, 9 de abril de 2012

Acolhimento

“(...) Assisti a um filme muito interessante “ A Língua das Mariposas” de José Luiz Cuerda, que recomendo a todos os educadores, que conta a história de um menino que conduzido pelo seu professor, convicto de que a liberdade é o maior bem que um ser humano pode ter, descobre o mundo do conhecimento em todas as áreas da vida de um maneira, sensível, humana e real. (...)"

Logo no início do filme há uma cena que provavelmente conhecemos ou ouvimos falar Moncho perde o sono ao imaginar como será a sua escola, já que irá para a escola pela primeira vez. No meio de muita expectativa, ansiedade e medo, Moncho busca referências em seu irmão mais velho, que pouco o ajuda.

No dia seguinte é conduzido por sua mãe que o apresenta ao professor, ela demonstra muita preocupação e pede que o professor auxilie o seu “ passarinho”, sem perceber que está expondo a fragilidade do menino publicamente. As crianças com muita crueldade e incapazes de lidar com este estranho, zombam do menino, que também é asmático e precisa usar uma “bombinha”. Moncho, sentindo-se muito acuado e rejeitado, perde o controle sobre suas emoções e acaba por fazer xixi na calça. Daí para frente só mesmo assistindo ao filme.

Esta situação muito me chamou a atenção, porque acho que as crianças vivenciam a entrada na escola muitas vezes assim, com toda esta intensidade e é nosso papel enquanto educadores atenuar ao máximo os efeitos que a separação casa/escola gera em crianças pequenas.

“Há muito tempo atrás nas creches e pré-escolas e até mesmo nas escolas de ensino fundamental, parecia não haver outro jeito: ou as crianças se adaptavam ou se adaptavam. A mãe “precisava” trabalhar e a criança “precisava” ficar na creche. Os primeiros dias em uma instituição educacional eram visto como um mal necessário pelo qual toda criança deveria passar. A idéia que mais cedo ou mais tarde a criança acabaria se acostumando, o que de fato acabava acontecendo, fazia parte do senso comum. Sofrimento, insegurança, desamparo e outras possíveis decorrências deste processo eram desconhecias e por vezes ignorados.

In  Adaptação e Acolhimento: Um cuidado inerente ao projeto educativo da instituição e um indicador de qualidade do serviço prestado pela instituição

Cisele Ortiz é psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá (www.avisala.org.br) 



Pensando nisso, a professora Shirley  trouxe o Miguel, que era mascote da sala da Professora Liliane,no ano anterior, Miguel  já era um  velho conhecido de algumas  crianças, e foi um grande mediador nesse processo inicial de acolhimento.

Miguel  e os alunos antigos levaram os alunos que estavam chegando para conhecer a escola.
Bem, isso foi só o inicio, aguardem  nossos próximos passos rumo a construção de nosso espaço infantil, que busca respeitar a criança......

Abraços Fraternos de todos nós!

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